domingo, 1 de março de 2015

Carrie, A Estranha (2013)

A atualizada versão de um clássico transformada em um filme besta para adolescentes.



Todos conhecem Stephen King por seus maravilhosos contos que envolvem o sobrenatural, diversos contos e histórias de King já foram adaptadas para o cinema, mas até hoje nenhum teve tantas versões quanto sua maravilhosa história, Carrie, que vou morrer sem entender o motivo de no Brasil ter o subtítulo, A Estranha. A primeira adaptação cinematográfica de Carrie foi realizada por Brian De Palma em 1976, em 2002, Carrie ganhou uma nova versão dessa vez voltada para a televisão e em 2013 foi anunciada uma nova versão para Carrie contando com a atriz Chloe Grace Moretz no papel principal.
O novo Carrie teve sua data de estreia alterada e um evento de "Primeiras impressões" onde foi apresentado para algumas pessoas antes da data de lançamento. A critica recebeu o filme com opiniões mistas/médias.


Em Carrie, é apresentada a vida de Carrie White (Chloe Grace Moretz) uma adolescente excluída, tímida, problemática e atormentada pelos colegas da escola que nunca compreenderam seu estranho comportamento e sua aparência. Além de super protegida e sofrer maus tratos em casa da mãe, Margaret White (Julianne Moore) que é profundamente religiosa, e que à impede de levar uma vida normal como as outras garotas de sua idade. Mas Carrie guarda um grande segredo, quando ela está por perto, objetos voam, portas são trancadas ao sabor do nada, velas se apagam e voltam a iluminar, misteriosamente. Durante o baile de formatura todos irão temer o seu poder após uma brincadeira de mau gosto e acabam vendo seu lado demoníaco.


Quando se trata desse filme de 2013 é difícil para mim saber por onde começar a falar sobre o mesmo então acabo sempre escolhendo o mais óbvio: a história. O novo Carrie nada mais parece do que uma repaginada do filme de 76, digo repaginada por causa da inserção de elementos atuais como tecnologia, pois de resto é apenas a mesma história novamente com uma atriz diferente no papel principal. No filme de 76, a atriz Sissy Spacek interpreta uma Carrie pela qual você simpatiza e se importa. No filme para televisão de 2002, a atriz Angela Bettis interpreta uma Carrie cuja exclusão resulta em uma esquisitice amigável logo não sobra nada para ser mostrado por Chloe Moretz assim ela entrega uma interpretação de Carrie que por não mostrar nada envolvente acaba sendo desagradável.
Ao meu ver todo o peso do filme caiu nos ombros de Julianne Moore com sua interpretação de Margaret White sendo tão belíssima quanto a de Piper Laurie no filme de 76, de fato todo o filme parece arrastado quando Julianne não está em cena já que os personagens parecem serem apenas coadjuvantes na história de Carrie que domina seus poderes aos poucos durante o filme, o que leva muitos a compararem a mesma com uma dos mutantes dos filmes/quadrinhos dos X-men.


A cena do baile consegue ser uma das piores partes do filme que já não é bom, pois os efeitos durante os 100 minutos de duração são tão gritantes na tela que chegam a incomodar e nem mesmo dá para ficar feliz pela vingança da pequena X-men. O Blu-ray de Carrie apresenta um final alternativo e algumas cenas deletadas que não fazem muita diferença no produto final. Sobre esse final alternativo, ele foi apresentado quando o filme estreou no canal pago Telecine como uma cena pós-crédito, o mesmo aconteceu em algumas sessões de alguns cinemas onde o suposto final alternativo apareceu após os créditos finais.
No todo, o filme de 2013 é um remake desnecessário que deixa uma sensação desagradável naqueles que o assistem seja esperando um filme de terror ou mesmo esperando uma adaptação mais fiel ao livro, quem sabe uma homenagem ao filme de 76 do qual suga tantas coisas. Por mim todo aquele que puder passar longe de Carrie deve fazê-lo sem medo, pois aja paciência para aguentar toda a projeção de Chloe Moretz parecendo uma garota descobrindo poderes e anulando todo o peso da história.



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